A importância da inclusão LGBTQIAPN+ nas empresas

Embora muitas empresas esperem o mês do orgulho para refletir sobre respeito e diversidade, essa é uma ação que deve ser abraçada ao longo de todo o ano. Afinal, celebrar e incluir a comunidade LGBTQIAPN+ reforça a inclusão em todos os espaços, especialmente no ambiente de trabalho. Muitas empresas já perceberam que é preciso ir além de colorir o logotipo. É necessário investir em ações que realmente constroem ambientes mais justos e representativos.
Transformar os valores de diversidade em ações concretas gera impacto real. Esse movimento tem se fortalecido e inspirado empresas a construírem relações mais sólidas com seus colaboradores e com a sociedade. Pessoas livres para ser quem são trabalham com mais leveza, criatividade e motivação.
Neste artigo, vamos explicar a importância da pauta LGBTQIAPN+ no ambiente corporativo e trazer dicas de como acolher essas pessoas na sua empresa. Confira!
Entenda a origem da sigla LGBTQIAPN+
Cada letra da sigla LGBTQIAPN+ carrega uma história, uma luta e uma vivência. Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transgêneros, Queer, Intersexos, Assexuais, Pansexuais e Não-bináries formam um grupo diverso, plural e em constante construção. O símbolo “+”, por sua vez, acolhe outras expressões de gênero e sexualidade.
Depois de tanta luta por igualdade e reconhecimento, o público LGBTQIAPN+ passou a celebrar o mês de junho como aniversário de sua reexistência. O Mês do Orgulho, como é conhecido, é uma homenagem à Rebelião de Stonewall, ocorrida no dia 28 de junho, em 1969, nos Estados Unidos. Nesta data, pessoas LGBT+ estavam no bar Stonewall Inn, no bairro de Greenwich Village, quando policiais as prenderam, sob a acusação de “travestismo”.
Essa repressão despertou a revolta das pessoas presentes, que batalharam pelos direitos civis e resistiram à violência. Esse movimento durou quatro dias. Desde então, a data ganhou força como um período de celebração e luta por direitos, inclusive nos espaços corporativos.
A comunidade LGBTQIAPN+ no mercado de trabalho
Ainda que muitas empresas tenham avançado em políticas de inclusão, a realidade é que, no dia a dia, muitas pessoas LGBTQIAPN+ ainda enfrentam dificuldades de se inserirem no mercado de trabalho. Essa comunidade luta diariamente contra preconceitos velados, como exclusões em processos seletivos e ambientes hostis, conforme divulgado pela CNN.
Instituições com iniciativas de diversidade têm se mostrado fundamentais para reduzir desigualdades e ampliar as oportunidades. Mas, apesar dos avanços, os números mostram que ainda há um longo caminho a ser trilhado. Não se trata somente de representatividade, mas de abrir espaços seguros para talentos que, por muito tempo, foram invisibilizados.
O crescimento da diversidade no mercado de trabalho
A diversidade tem deixado de ser um diferencial e se tornado parte da estratégia de empresas bem-sucedidas. Afinal, cada vez mais, consumidores e investidores escolhem marcas alinhadas com a pluralidade. Empresas que se empenham em representar a comunidade de forma verdadeira constroem relações mais sólidas com seus públicos.
Além disso, ambientes diversos tendem a ser mais inovadores, colaborativos e humanos. Espaços onde diferentes vivências coexistem melhoram a comunicação interna e fortalecem a cultura organizacional, o que reflete positivamente nos resultados.
As empresas podem e devem refletir sobre ambientes mais acolhedores e criar ações que colaborem com a pauta. Veja a seguir!
Como as empresas podem promover um ambiente acolhedor para a comunidade LGBTQIAPN+?
Para que a inclusão seja uma realidade, não basta apoiar somente as campanhas externas. É preciso revisar políticas internas, oferecer capacitações e incentivar diálogos abertos sobre diversidade.
Para ajudar, selecionamos 8 ações práticas para promover a inclusão de pessoas LGBTQIAPN+ nas empresas:
- Criar comitês que incluam vozes da comunidade nas decisões: ter representatividade nos espaços de decisão é essencial para garantir que as ações não sejam apenas simbólicas. Comitês de diversidade com participação ativa de pessoas LGBTQIAPN+ evita abordagens genéricas e promove decisões mais empáticas. Isso contribui para uma cultura corporativa mais justa e participativa;
- Atualizar normas internas com foco em linguagem inclusiva e identidades diversas: a inclusão começa pela forma como a empresa se comunica. Políticas internas precisam ser claras, acessíveis e redigidas com linguagem neutra. O uso do nome social e o reconhecimento de diferentes formas de existência fazem toda a diferença. Essa atenção reforça o compromisso da empresa com um ambiente de trabalho respeitoso, garantindo que todos se sintam respeitados desde o primeiro contato com a organização;
- Revisar benefícios para garantir que contemplem diferentes realidades: muitos profissionais enfrentam barreiras por não se encaixarem em modelos tradicionais de família. Por isso, ajustar benefícios, contratos e políticas para que contemplem uniões homoafetivas e realidades diferentes demonstra que a empresa está atenta às necessidades reais de quem trabalha na organização;
- Oferecer formações contínuas sobre respeito, equidade e convivência: a educação é uma das principais ferramentas contra o preconceito. Por isso, investir em treinamentos frequentes, com especialistas e conteúdos atualizados, pode ajudar a desconstruir estereótipos e a reforçar comportamentos mais éticos. Mais do que cumprir um protocolo, esses encontros promovem a troca de ideias e o respeito;
- Criar campanhas internas que valorizem histórias reais de colaboradores: dar espaço para que as pessoas compartilhem suas vivências é uma forma de sensibilização. Campanhas com histórias reais inspiram, reforçam o compromisso com a transparência, aproximam colegas e fortalecem a cultura do respeito;
- Preparar líderes para agir com consciência e empatia: líderes são espelhos da cultura da empresa. Por isso, é fundamental que eles estejam preparados para lidar com questões de identidade de gênero e inclusão com responsabilidade;
- Valorizar datas importantes, como o Dia do Orgulho: celebrar momentos como o Mês do Orgulho precisa ir muito além de uma ação visual. O reconhecimento dessas datas reforça o compromisso da instituição. Atividades como rodas de conversa, palestras e ações de diversidade devem ir além do marketing; e
- Firmar compromissos públicos, participando de iniciativas pela inclusão: participar de programas, selos ou fóruns voltados à diversidade demonstra que a empresa leva o tema a sério. Além de fortalecer a credibilidade da instituição, isso é uma maneira de inspirar o mercado e seguir evoluindo junto com a sociedade.
Inspire-se na cartilha de diversidade da Mills!
Construir um espaço corporativo plural e inclusivo é responsabilidade de todos. Inclusive, a Mills reconhece o papel importantíssimo que as empresas desempenham nesse processo. Por isso, criou uma cartilha que destaca como pequenas atitudes podem gerar impactos positivos, que fazem toda a diferença no avanço de uma sociedade mais igualitária.
Embora a comunidade tenha alcançado seus espaços no mundo corporativo, de acordo com uma pesquisa feita pela Alelo Brazil, ainda há muito o que ser feito. A cada 10 funcionários, 8 se sentem confortáveis em compartilhar sua orientação com os membros da empresa, sendo que 50% do público ainda não tem coragem de falar sobre isso com medo de represálias. Ainda, somente 8% das cadeiras de liderança são ocupadas por pessoas LGBT+.
A verdade é que a transformação só acontece quando o respeito deixa de ser uma exceção e se torna cultura. Ter membros diferentes na empresa torna o ambiente diferente e representativo. Se quer valorizar a presença de pessoas LGBTQIAPN+ na sua empresa, conheça nossa cartilha e veja como valorizamos as diferenças para construir um futuro onde todos possam ter voz e lugar para crescer com liberdade e dignidade.




















































