Entender a importância de mapear o escopo 3 é fundamental para as empresas e organizações que buscam adotar práticas sustentáveis e responsáveis. O termo “escopo 3”, de modo geral, refere-se às emissões indiretas de gases de efeito estufa associadas às atividades de uma organização, mas que ocorrem fora de seu controle direto, como aquelas provenientes de sua cadeia de suprimentos, uso de produtos e serviços, transporte, viagens de negócio, entre outros.
Neste artigo, exploraremos mais sobre a importância desse mapeamento e como ele pode ser um passo estratégico na jornada rumo à responsabilidade ambiental e à resiliência empresarial.
O que é escopo 3?
O escopo 3 é a categoria mais ampla e desafiadora. Ele abrange emissões indiretas de GEE associadas às atividades da organização, mas que ocorrem fora de seu controle direto. Isso inclui as emissões provenientes de sua cadeia de suprimentos (fornecedores), uso de produtos e serviços, deslocamento de funcionários, disposição de resíduos, entre outras fontes.
O escopo 3 é, portanto, uma categoria que engloba uma variedade de fontes de emissões indiretas que podem ser difíceis de quantificar e controlar.
Entender o conceito de escopo 3 é tão importante quanto entender o conceito de escopo 1 e escopo 2. Essas categorias são definidas pela iniciativa Global Reporting Initiative (GRI) e pelo Protocolo de Gases de Efeito Estufa do World Resources Institute (WRI) para ajudar as empresas a compreenderem e reportarem suas emissões de GEE de maneira mais abrangente.
Leia mais: Fonte de emissão de GEE: entenda a diferença entre os escopos 1, 2 e 3
Como contemplar emissões de Escopo 3?
Contemplar as emissões de Escopo 3 requer uma abordagem cuidadosa e abrangente, seguindo diretrizes e normas reconhecidas, como o GHG Protocol, que é compatível com a ISO 14.064. Aqui estão os passos-chave para contemplar as emissões de Escopo 3:
- Estabelecimento de Fronteiras Organizacionais e Operacionais: Delimite claramente as fronteiras organizacionais e operacionais para determinar quais emissões estão sob a responsabilidade direta da sua empresa e quais estão fora desse escopo.
- Exclusão de fontes e sumidouros: considere quais fontes de emissão e sumidouros não são relevantes para o seu negócio e podem ser excluídos do cálculo das emissões de Escopo 3.
- Identificação de emissões de controle direto e indireto: utilize as diretrizes do GHG Protocol para distinguir entre fontes de emissão de controle direto (Escopo 1) e controle indireto (Escopo 2 e 3). Isso ajudará a determinar quais emissões se enquadram em Escopo 3.
- Coleta de dados e informações: coletar informações detalhadas sobre as fontes de emissão de Escopo 3 pode ser um desafio, uma vez que essas emissões muitas vezes estão fora das fronteiras diretas da organização. Isso pode envolver colaboração com fornecedores, parceiros e outras partes interessadas para obter dados precisos.
- Categorização e materialidade: categorize as emissões de Escopo 3 em diferentes categorias, como transporte, aquisição de matérias-primas, uso de produtos etc. Avalie a materialidade de cada categoria para determinar onde a ação pode ter o maior impacto na redução das emissões.
- Relatório e divulgação: finalmente, prepare um inventário completo de emissões que inclua o Escopo 1, 2 e 3. Este inventário pode ser usado para relatórios de sustentabilidade e divulgação pública para demonstrar o compromisso da empresa com a redução das emissões de gases de efeito estufa.
É importante notar que calcular as emissões de Escopo 3 pode ser complexo devido à necessidade de coletar dados de várias fontes externas à organização. No entanto, essa prática está se tornando cada vez mais relevante, não apenas para a gestão ambiental, mas também para atender às expectativas do mercado, dos investidores e da sociedade em relação à responsabilidade ambiental das empresas.
Um relatório publicado pelo Carbon Disclosure Project (CDP), mostrou que, em 2019, mais de 9600 empresas divulgaram suas emissões ao CDP, revelando que 90% delas são de escopo 3. Portanto, é fundamental olhar para esse escopo para identificar oportunidades de redução das emissões. Com a pauta cada vez mais presente, esse número tende a crescer muito mais.
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Seu modelo de negócios está alinhado com os princípios da economia do compartilhamento, enfatizando o uso em vez da posse. Isso não apenas proporciona economias para os clientes, mas também minimiza o impacto ambiental associado à fabricação e descarte de maquinários.
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