Imagine um mundo em que cada ação humana não deixasse rastros prejudiciais ao meio ambiente, onde toda atividade produtiva fosse feita sem causar danos irreversíveis ao clima. Parece utópico? Talvez não tanto quanto você imagina, e é aí que entra o conceito de Net Zero.
Governos, empresas e pessoas estão sendo desafiados a repensar suas práticas e buscar soluções mais sustentáveis para frear os impactos das mudanças climáticas. Mas como podemos realmente chegar a um ponto em que o progresso e a sustentabilidade caminhem juntos?
Vamos descobrir!
Conceito de Net Zero
O conceito de Net Zero refere-se ao compromisso de equilibrar as emissões de gases de efeito estufa (GEE) com sua remoção da atmosfera, com o objetivo de atingir zero emissões líquidas de carbono.
O principal objetivo é desacelerar o aquecimento global, que foi acelerado pela industrialização a partir do século 18, quando a humanidade começou a emitir grandes quantidades de CO₂ e outros GEE sem controle.
A busca por Net Zero envolve governos, empresas e indivíduos, e tem como meta limitar o aumento da temperatura global, que já subiu 1,5 ºC desde a Revolução Industrial. A urgência desse compromisso é demonstrada pelos crescentes eventos climáticos extremos, como enchentes, secas, queimadas e o degelo nos polos.
Existem duas principais formas de reduzir as emissões:
- Redução direta: como o próprio nome já nos sugere, a redução direta propõe uma redução efetiva das emissões de gases por parte das empresas e indivíduos, por meio da produção e do consumo mais sustentável.
- Compensação de emissões: empresas que adotam políticas de Net Zero devem mapear suas cadeias produtivas para identificar onde podem reduzir emissões, e compensar aquelas que não conseguem eliminar. Isso inclui não apenas suas operações diretas, mas também as emissões de fornecedores, parceiros e logística.
Não, neutralidade de carbono não é sinônimo de Net Zero.
Net Zero é mais abrangente que a neutralidade de carbono, pois exige que todas as emissões diretas e indiretas de uma empresa e do governo sejam reduzidas ou compensadas, considerando toda a cadeia produtiva, e não apenas a compensação de emissões diretas.
Embora ambos os termos envolvam a redução de emissões de gases de efeito estufa (GEE), é preciso olhar atentamente para cada um. Quem vai explicar a diferença entre um e outro é o GHG Protocol. Veja:
- Neutralidade de Carbono: envolve equilibrar as emissões de gases de efeito estufa (GEEs) emitidas com a remoção equivalente de emissões. Isso geralmente inclui compensações ou investimentos em projetos que removem ou evitam emissões de carbono. A neutralidade de carbono pode focar apenas nos Escopos 1 (emissões diretas) e 2 (emissões de energia adquirida), mas algumas abordagens também incluem o Escopo 3 em menor grau, dependendo das metas da organização.
- Net Zero: essa meta é mais ambiciosa do que a neutralidade de carbono, pois exige uma redução significativa das emissões em todos os escopos (1, 2 e 3), ou seja, emissões diretas, emissões de energia adquirida e emissões indiretas ao longo de toda a cadeia de valor (fornecedores, transporte, uso de produtos pelos clientes, entre outros). Diferente da neutralidade de carbono, o foco está mais em reduzir as emissões antes de compensá-las, buscando eliminar ou minimizar as emissões residuais.
O Net Zero está distante de se tornar realidade?
Sim, o Net Zero ainda está distante de se tornar realidade, principalmente devido à falta de uniformidade nas práticas globais e à complexidade do processo. Embora a ideia de compensar emissões diretas e indiretas esteja ganhando força, vários fatores dificultam sua implementação.
No entanto, iniciativas como o Science Based Targets Initiative (SBTi) estão desempenhando um papel importante na definição de diretrizes mais claras e baseadas na ciência para que as empresas possam estabelecer metas de redução de emissões alinhadas com o limite de 1,5°C do Acordo de Paris.
O SBTi oferece um caminho estruturado para que as organizações possam não apenas se comprometer com metas Net Zero, mas também assegurar que suas ações estejam fundamentadas em critérios sólidos e validados, o que ajuda a mitigar a falta de uniformidade metodológica.
Governos e empresas estão em estágios diferentes de implementação de políticas relacionadas ao Net Zero, o que cria uma falta de sincronia. Enquanto alguns países e setores avançam rapidamente na adoção de energias renováveis e na compensação de carbono, outros ainda dependem de fontes fósseis e políticas menos restritivas.
Assim, a falta de protocolos universais e a necessidade de cooperação internacional e setorial são os principais desafios que impedem o Net Zero de se tornar uma realidade de forma mais imediata.
Conte com empresas engajadas em pautas sustentáveis!
Firmar parcerias com empresas comprometidas com as pautas sustentáveis atuais é importante para enfrentar os desafios das mudanças climáticas e promover um futuro mais equilibrado. Essas organizações não apenas minimizam seus impactos ambientais, como também influenciam todo o ecossistema em que atuam, incentivando fornecedores, parceiros e consumidores a adotar práticas mais responsáveis.
A transição para uma economia de baixo carbono exige comprometimento com inovações, e as empresas possuem um papel indiscutível nesse processo, seja ao promover energias renováveis, desenvolver tecnologias verdes ou adotar políticas que reduzam emissões em suas cadeias produtivas.
A Mills está no caminho para essa transformação. Comprometida com a com a redução de suas emissões em todos os escopos e em frear os impactos negativos de suas operações, temos investido em um plano de descarbonização, que envolve transição energética, eletrificação de equipamentos, utilização de biocombustíveis, entre outros projetos.
Também estamos alinhados com as metas SBTi e cumprimos rigorosamente os requisitos dos escopos 1, 2 e 3 do GHG Protocol, que envolvem tanto emissões diretas quanto aquelas indiretas geradas ao longo da cadeia de valor.
Essas ações mostram que a Mills não está apenas se adaptando às novas exigências do mercado, mas liderando uma mudança significativa em direção à sustentabilidade. Seja nosso parceiro!