O uso de equipamentos de proteção individual (ou EPIs) é fundamental para qualquer trabalho. Geralmente, após avaliar as condições e verificar a impossibilidade de mitigação dos riscos utilizando as medidas de proteção coletiva, ele é a ferramenta escolhida para assegurar a vida dos funcionários.
Sendo assim, é responsável por oferecer proteção contra perigos e riscos, evitando que as operações sejam interrompidas, além de garantir que as consequências dos eventos sejam as menores possíveis.
No entanto, existem algumas atividades que exigem uma maior atenção na escolha, principalmente quanto à qualidade do EPI, levando a empresa a ter um cuidado dobrado antes mesmo de contratar o fornecedor. Sabendo disso, hoje vamos apresentar algumas dicas de como avaliar a qualidade do EPI. Confira a seguir!
Quais as consequências de utilizar EPIs de baixa qualidade?
Segundo o Tribunal Superior do Trabalho, a cada 15 segundos, 115 trabalhadores sofrem algum tipo de acidente no ambiente de trabalho (inclusive letais). É um número assustador quando reparamos que tudo isso acontece em menos de um minuto. Veja que boa parte desses acidentes e até as consequências dessas situações podem ser evitadas com o uso de equipamentos de proteção.
O objetivo principal de um EPI é proteger contra perigos e riscos e o desenvolvimento de doenças devido ao trabalho, garantindo a segurança para realizar as atividades. Um EPI de qualidade significa ter materiais resistentes e duráveis, além de fornecer conforto. Quando se escolhe um equipamento sem essas características, opta-se por expor seus colaboradores a riscos como acidentes por exemplo.
O que considerar na hora de escolher?
Não existe apenas um critério para analisar na hora da escolha. Na verdade, é um conjunto de parâmetros que ajudarão a definir qual é o melhor equipamento. Neste texto, vamos apresentar os principais. Confira!
Avalie a necessidade de cada atividade
Existem diferentes equipamentos de proteção e uma análise é muito importante, pois cada tipo servirá para um propósito. Sendo assim, o melhor nesse momento inicial é que a avaliação foque, principalmente, nos fatores de risco de cada função. A partir daí, a empresa poderá definir que tipo de EPI é o ideal para os seus funcionários.
Pesquise o histórico dos fornecedores
Como segundo passo, a procura por fornecedores deverá ter atenção redobrada. As questões como preço podem ser um fator bastante influente na hora de começar as negociações, mas destacamos que não pode ser o único critério. Esse é um erro comum que leva a grandes arrependimentos.
Por isso, mais do que focar no custo, avalie o histórico dos fornecedores. Nunca vá na primeira opção sem fazer uma boa pesquisa em busca de outras possibilidades. Veja se há certificações e se a empresa tem parcerias com marcas de qualidade. Também, verifique se ela possui cadastro para venda ou distribuição de EPIs nos órgãos regulamentares.
Identifique se há conformidade com a legislação
Os equipamentos de proteção são uma exigência legal para as atividades de trabalho, especialmente as de risco. A norma responsável pelos EPIs é a NR 6, elaborada pelo Ministério do Trabalho. Nela estão todas as diretrizes sobre o fornecimento, a escolha e a forma de conservação e uso. Por isso, é fundamental que a empresa conte com equipamentos que sejam certificados por ela.
Uma boa forma de ter certeza da conformidade é que no item 6.9.3 da norma está definido que os equipamentos são obrigados a apresentar caracteres bem visíveis e legíveis com o nome da fabricante, o número da CA (Certificado de Aprovação), além disso, o CA tem data de validade que é informada no equipamento. Em casos de EPIs importados, a exigência é a mesma.
Busque conforto
Claro que os EPIs devem ser equipamentos bastante resistentes. No entanto, a segurança do trabalho não está só ligada à proteção, sendo preciso garantir que o colaborador tenha qualidade de vida enquanto faz determinada atividade, e isso está inevitavelmente ligado ao conforto.
Além disso, dependendo do EPI, o colaborador terá que utilizá-lo durante horas. Muitos trabalhos só são possíveis com esses equipamentos, portanto é fundamental que a escolha também preze pelo conforto do usuário.
Atente-se à durabilidade
Mais do que encontrar equipamentos confortáveis que estejam de acordo com a lei e com um preço justo, é muito importante escolher EPIs duráveis. Afinal, um dos pilares do custo-benefício é que o produto tenha uma duração a longo prazo.
Nesse caso, saiba que os equipamentos de proteção têm prazo de validade. Sendo assim, o que vai diferenciar o de boa qualidade e o de má é que o EPI cumprirá esse período sem perder a eficácia.
Além disso, todo o fabricante indica uma vida útil para o equipamento, assim, quando chegar na data de vencimento, ele deve ser trocado. Saiba que a efetividade desse prazo depende das condições em que o equipamento foi armazenado e também como foi usado, sendo importantes para a sua devida conservação.
Realize avaliações
Mesmo que a empresa tenha escolhido equipamentos com a máxima atenção, ainda é possível cometer erros. A boa notícia é que não serão todas as atividades que precisarão de uma avaliação contínua dos EPIs.
Por outro lado, existem alguns equipamentos cujo problema nem é a capacidade de proteção, mas a composição. Por exemplo, há EPIs que terão materiais resistentes, mas causam algum tipo de intoxicação, pois seus componentes são feitos de agentes duvidosos.
Por isso, é importante manter uma análise periódica desses equipamentos, especialmente para analisar os materiais e se eles estão protegendo os colaboradores devidamente.
Verifique se o EPI possui CA (Certificado de Aprovação)
Por fim, o Certificado de Aprovação é mais uma das exigências da NR 6. No item 6.2, fica claro que, independentemente do local da fabricação, seja nacional ou internacional, é essencial que o EPI tenha o certificado expedido pelo órgão competente do país.
O CA é um documento que comprova a qualidade e a funcionalidade do produto, especialmente em relação à segurança. Ele é garantido antes mesmo da comercialização, visto que é realizada uma série de testes para verificar a resistência dos equipamentos.
Ao longo deste texto, você acompanhou dicas essenciais para verificar a qualidade do EPI. Destacamos a importância da adoção do que falamos neste post, especialmente quanto à verificação da NR 6 e do Certificado de Aprovação, pois são as melhores garantias de fazer uma boa escolha e investir na segurança de seus colaboradores.
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