Dia do Orgulho LGBTQIA+: como apoiar a comunidade?

Dia do Orgulho LGBTQIA+: como apoiar a comunidade - Mills

Junho é o mês do orgulho LGBTQIA+. Apesar de ser uma pauta atemporal e que merece ser discutida em todas as épocas, é neste momento que a comunidade LGBTQIA+ pode utilizar a visibilidade para fortalecer a luta por igualdade e direitos no Brasil e, embora o movimento tenha ganhado mais destaque e força, infelizmente, ainda estamos muito longe da inclusão – especialmente no ambiente corporativo. 

De acordo com uma pesquisa feita pela Talent Innovation (uma empresa de recrutamento independente), 61% dos profissionais LGBTQIA+ ainda escondem sua identidade de gênero ou orientação sexual no ambiente de trabalho – isso só no Brasil.

Inclusive, é importante destacar a diferença entre identidade de gênero e orientação sexual: 

  • Identidade de gênero: a forma como a pessoa se enxerga, que pode ser homem, mulher, ambos ou neutro, por exemplo. 
  • Orientação sexual: é por quem sentimos atração, ou seja, qual é a sexualidade de cada indivíduo: lésbica, homossexual, bissexual, entre outros. 

Neste artigo, nós, da Mills, falaremos sobre como você pode através de ações apoiar a comunidade e celebrar o mês do orgulho LGBTQIA+ em sua empresa. Continue a leitura e confira!

Mês do orgulho LGBTQIA+: como surgiu a celebração?

O Dia Internacional do Orgulho acontece todo dia 28 de Junho. A data faz referência a um evento que ocorreu na década de 60 na cidade de Nova York, nos Estados Unidos, quando um grupo de pessoas da comunidade LGBTQIA+ enfrentou a repressão e a violência policial por seus direitos.  

O dia 28 de junho de 1969 ficou marcado como a “Revolta de Stonewall”, que desencadeou protestos e manifestações. Um grupo de pessoas LGBTQIA+ estava no bar Stonewall Inn, no bairro de Greenwich Village, quando policiais prenderam pessoas transgêneras, drag queens e drag kings acusados de “travestismo”. Naquela época, embora houvesse a circulação de ideias progressistas na região, as leis contra homossexuais eram rígidas, colocando em risco as pessoas da comunidade que demonstravam afeto em público. 

Essa repressão despertou a revolta das pessoas presentes, que não tiveram outra opção senão reagir. A hostilidade perdurou até que a agressão física começasse, trazendo à tona o sentimento de injustiça por parte da comunidade. O movimento não durou só uma noite, mas sim quatro dias seguidos. 

Foi frente à repressão e violência policial daquela noite que diversas manifestações e protestos começaram, iniciando movimentos de luta por direitos civis necessários até hoje em prol da Comunidade LGBTQIA+. No ano seguinte, na mesma data, milhares de pessoas voltaram à Greenwich Village para a primeira marcha do Dia da Libertação da Rua Christopher, a localização do bar Stonewall Inn. Esse foi o início do evento que evoluiu para a “Parada do Orgulho LGBTQIA+Gay” como conhecemos hoje. 

A Rebelião de Stonewall aconteceu no período em que passávamos pela ditadura militar (1964 – 1985) no Brasil. Nessa época, aconteciam reuniões em bares e clubes, chamados de gueto, espaços frequentados por gays, lésbicas e travestis, em que havia a organização de pautas de reivindicações e apoio.

Um marco dessa época foi a criação do primeiro jornal de temática homossexual com circulação nacional chamado de “O Lampião da Esquina”, fundado em 1978, mesmo ano do surgimento do “movimento homossexual brasileiro” (MHB). Esse jornal fazia oposição à ditadura e denunciava abusos contra pessoas LGBTQIA+ trazendo mais visibilidade aos acontecimentos envolvendo a comunidade. 

No entanto, apenas em junho de 1997 ocorreu a 1ª Parada do Orgulho LGBTQIA+ no Brasil, na Avenida Paulista, em São Paulo. Hoje em dia, ela é conhecida como a maior do mundo e reúne milhares de pessoas. Uma curiosidade interessante é que a Parada sempre escolhe um tema central a ser abordado, a fim de que as pessoas também utilizem esse espaço para dar voz a alguma reivindicação do movimento LGBTQIA+.

Por que é importante  promover ações para o público LGBTQIA+ nas empresas?

Existem diversas razões pelas quais as empresas devem promover ações para o público não só no mês do orgulho LGBTQIA+, mas todos os meses. Isso porque a discriminação e o preconceito contra a orientação sexual e contra a identidade de gênero podem causar o adoecimento mental, podendo levar os indivíduos a terem transtornos de ansiedade, depressão ou até mesmo resultar no suicídio.

Por isso, quando falamos sobre a comunidade LGBTQIA+ no mercado de trabalho, não estamos citando somente a vida profissional, mas também o impacto desses preconceitos na vida das pessoas.

Nesse sentido, do ponto de vista das empresas, a diversidade e inclusão LGBTQIA+ devem ser pautas já implementadas na cultura organizacional. Em outras palavras, é fundamental que todos os colaboradores da empresa reconheçam que o seu local de trabalho apoia a comunidade de alguma forma.

As corporações têm a responsabilidade de contribuir com uma sociedade mais justa e equitativa. Promovendo a inclusão LGBTQIAI+, as organizações estarão ajudando na criação de um mundo mais tolerante e respeitoso para todos!

Se a sua empresa está contribuindo com o pilar S do ESG e com o mês do orgulho LGBTQIA+, maravilha! Pois mostra que além de conscientes, vocês estão promovendo a inclusão e a diversidade nos locais de trabalho. O grupo precisa ser visto, e a mudança começa com quem deseja fazer a diferença! 

Se a sua empresa não promove ou não promoveu ações de impacto positivo ao grupo, não se preocupe. Não é tarde para começar. Abaixo, listamos algumas medidas que podem ser tomadas para acolher e incluir a comunidade dentro do ambiente corporativo. Confira!

4 ações para celebrar o mês do orgulho LGBTQIA+ na sua empresa

Promover ações em datas comemorativas, como no mês do orgulho LGBTQIA+, é uma forma de conscientização, mas as atividades devem ser planejadas com antecedência e realizadas com recorrência. Veja a seguir o que você pode fazer na sua empresa para celebrar o mês do orgulho: 

  • Invista em palestras: uma das formas de promover a conscientização no local de trabalho é falando e ouvindo. As palestras podem ser uma boa solução para engajar os colaboradores e deixá-los conscientes sobre a comunidade e seus desafios. Para isso, é importante que pessoas LGBTQIA+ sejam convidadas para falar sobre o assunto com propriedade.
  • Crie uma equipe diversa: mais do que proferir um discurso bem-intencionado, as empresas precisam mostrar na prática o que têm feito pela comunidade. Por isso, é importante investir em treinamentos para que a comunidade seja contratada ao longo do ano. Converse com o RH da empresa e promova um processo de seleção mais inclusivo, para a população LGBTQIA+ e incentive a promoção e a capacitação dos contratados.
  • Acolha o grupo: o primeiro passo a ser dado para acolher o grupo LGBTQIA+ é adotar o nome social e o pronome da pessoa contratada. Essas ações devem estar refletidas em todos os canais de comunicação: chat, e-mail, reuniões, crachás e identificações gerais. A comunidade precisa ser acolhida e respeitada.
  • Crie políticas de diversidade e inclusão: além de conscientizar os colaboradores a respeito do mês do orgulho e suas nuances, é necessário criar um código de ética e uma cultura de boas práticas e respeito. O que pode ser feito, neste caso, é criar flyers e materiais de comunicação interna, por exemplo.

Agora que você já sabe o que fazer, conheça a cartilha de diversidade da Mills, uma empresa que apoia o mês do orgulho LGBTQIA+, como também incentiva a inclusão em seu ambiente de trabalho. 

Conheça a cartilha de diversidade da Mills

Queremos fazer parte de um mundo justo e equitativo. Para isso, criamos programas e ações de impacto positivo que fortalecem e dão visibilidade à comunidade LGBTQIA+. 

Uma de nossas ações concretas é de levar a conscientização aos nossos colaboradores, informando-os sobre o que é diversidade e inclusão, nos fazendo refletir sobre termos, frases e condutas inapropriadas, seja com mulheres ou com grupos LGBTQIA+.

Acreditamos que precisamos valorizar as pessoas pelo próprio talento e respeitar as pluralidades. Por isso, nós, da Mills, explicamos sobre as siglas LGBTQIAPN+ e informamos em nossa cartilha de diversidade quais falas devem ser evitadas e quais são as indicadas para acolher a comunidade.

No que se refere à contratação LGBTQIA+, com nosso Programa Trainee, conseguimos ampliar a seleção de jovens para serem desenvolvidos aqui na Mills. Na última edição, alcançamos uma participação de 64% de mulheres, 29% de negros e 29% de pessoas pertencentes ao grupo LGBTQIA+. Sabemos que o número pode ser superado, e seguimos trabalhando para que isso aconteça!

Se quer fazer parte de um mundo mais inclusivo e equitativo, tenha parceiros como a Mills crie em sua empresa cartilhas e políticas de diversidade e inclusão. Saiba mais em nossa Jornada de Sustentabilidade!

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