EPI para trabalho em altura: o que você precisa saber sobre?

Muito além de cumprir normas e exigências legais, toda empresa ou profissional que atua em ambientes de riscos precisa prezar pela sua segurança e pela dos demais colaboradores.

Hoje, o nosso assunto visa reforçar exatamente isso, mas com um foco bem específico no uso de EPI para trabalho em altura. Afinal, quais são esses equipamentos de segurança, por que são tão indispensáveis, o que é obrigatório por lei e como minimizar os riscos na prática? Sem grandes delongas, vamos ao ponto. Boa leitura!

Qual a importância do uso de EPI para trabalho em altura?

Quando falamos de trabalho em altura, a norma regulamentadora a ser consultada é a NR 35, que, por sua vez, determina que “considera-se trabalho em altura toda atividade executada acima de 2,00 m (dois metros) do nível inferior, onde haja risco de queda”.

Dessa forma, serviços realizados em fachadas de prédios, plataformas, andaimes, poços de elevadores, postes de eletricidade, parte superior de escavações, entre tantos outros, são considerados trabalho em altura e devem seguir à risca as instruções da NR 35, inclusive no que diz respeito à obrigatoriedade dos equipamentos de proteção.

Os EPIs são uma das medidas de controle de risco a serem tomadas pela saúde e pela segurança física dos trabalhadores. No entanto, a implementação dessas medidas deverá respeitar a hierarquia de controle de risco estabelecida pela NR 35, a qual está dividida da seguinte forma:

  1. medidas para evitar o trabalho em altura sempre que existir meio de execução;
  2. estratégias que eliminem o risco de quedas dos trabalhadores na impossibilidade de execução do trabalho de outra forma;
  3. maneiras de minimizar as consequências da queda quando o risco de queda não puder ser eliminado (aqui entram os EPIs para trabalho em altura).

Importante lembrar de que esses equipamentos só devem ser utilizados e comercializados caso haja um Certificado de Aprovação (CA) com identificação expedida pelo Ministério do Trabalho e Emprego.

Quais são os principais?

São variados os modelos de Equipamentos de Proteção Individual para trabalho em altura, cada qual com funcionalidades diferentes. Para exemplificar de forma mais abrangente, nós preparamos uma pequena lista com os principais EPIs indicados para esse tipo de atividade. Confira!

Cinto de segurança

São muitos os modelos de cinto de segurança para paraquedistas, mas todos têm a mesma função: segurar o corpo do trabalhador em caso de quedas e tombamentos.

O modelo ideal depende do tipo de trabalho a ser realizado, pois o posicionamento de travas, argolas e alças por onde vão passar as linhas/cordas e fitas é que vão permitir que braços e pernas do colaborador fiquem livres para executar a tarefa com facilidade e segurança. Os principais tipos de cintos de segurança são:

    • cinto eletricista;
    • cinto com protetor lombar;
    • cinto para carregamento de carga;
    • cinto com regulagem total;
    • cinturão paraquedista com 5 pontos de ancoragem;
    • cinturão paraquedista com regulagem total e almofada;
    • cinto de segurança com alma de aço;
    • cinto de paraquedista.

Capacete com jugular

O capacete de segurança é um Equipamento de Proteção Individual imprescindível para diminuir os riscos de ferimentos graves em caso de acidente, pois protege a cabeça do usuário contra impactos causados por queda de objetos, queda de diferentes níveis de altura, riscos elétricos, entre outros perigos que presentes no ambiente de trabalho em altura.

O capacete com jugular é amplamente recomendado para esse tipo de atividade, já que permite que o equipamento fique preso à cabeça do trabalhador mesmo em caso de quedas ou tombamentos.

Botinas, óculos e luvas

Além desses EPIs e acessórios para o trabalho em altura citados, são necessários alguns mais comuns, como botinas de segurança, que também protegem contra quedas de objetos e ainda oferecem um solado que dificulta a ocorrência de escorregões, e, por fim, os óculos e as luvas de segurança, que protegem olhos e mãos, respectivamente, contra agentes químicos e ferimentos por agentes externos.

Trava-quedas

Esse é um item mecânico de travamento. Tem como principal objetivo fazer uma ligação direta entre o cinto de segurança do trabalhador e o ponto de ancoragem.

Dessa forma, evita que o trabalhador sofra uma queda durante sua atividade. Seu fornecimento é obrigatório por parte do empregador sempre que existirem atividades a serem desenvolvidas acima de 2 metros de altura do nível inferior. Ao fazer isso, torna-se uma obrigação profissional utilizá-lo com responsabilidade e seguir as boas práticas de uso.

Talabartes

Também há vários modelos de talabartes, os quais são obrigatórios para atividades em altura. Assim como escaladores, os trabalhadores utilizam esse equipamento preso ao cinturão e a uma plataforma fixa, podendo destravar e travar o mosquetão em diferentes locais conforme a sua movimentação.

Por falta de acesso à informação, muitas pessoas confundem o Talabarte com o Trava-Quedas. Esses dois equipamentos são fundamentais para a Segurança do Trabalho em Altura, no entanto são bem diferentes e devem ser entendidos perfeitamente. O Talabarte é um equipamento responsável por realizar uma conexão entre o cinto de segurança utilizado pelo trabalhador e o ponto de ancoragem.

É muito confundido com o Trava-Quedas por também possuir como principal objetivo a diminuição e a retenção de quedas durante as atividades profissionais. O Talabarte, juntamente ao Trava-Quedas, ao Ponto de Ancoragem e ao Cinto de Segurança, faz parte do Sistema Individual de Proteção de Quedas (SIPQ).

Neste momento, é sempre válido ressaltar que o colaborador jamais poderá utilizar o Talabarte como uma Extensão do Trava-Quedas! Cada um destes equipamentos tem suas finalidades bem definidas que precisam ser respeitadas.

Como garantir que os EPIs sejam eficientes para o trabalhador?

Como bem destacamos, indica-se que todo EPI para trabalho em altura precisa apresentar o CA do MTE. Além disso, cuidados e precauções são fundamentais no uso desses equipamentos no dia a dia, portanto recomenda-se:

  • realizar treinamentos e orientações constantes sobre o uso do EPI para trabalho em altura;
  • apresentar um checklist de equipamentos essenciais antes de iniciar qualquer atividade que apresente riscos;
  • investir em materiais de qualidade;
  • fazer a manutenção regular desses equipamentos;
  • prezar pelo bom uso e por boas práticas de segurança dos colaboradores;
  • armazenar os EPIs em locais e condições adequadas;
  • checar e avaliar a segurança dos ambientes e dos equipamentos, tais como plataformas áreas, torres, presilhas, mosquetões, cordas etc.;
  • repor o EPI quando danificado;
  • substituir o EPI de acordo com o prazo de validade ou tempo de vida útil estipulado pelo fabricante;
  • fiscalizar e exigir o uso do EPI.

Quais são as normas e as obrigações para essas atividades?

A NR35 dita todos os cuidados e as precauções necessárias em toda atividade executada acima de 2 m do nível inferior e que exista o risco de queda. Nela, há uma série de obrigatoriedades que tanto o contratante como o empregado precisam seguir.

Para resumir um pouco quais são essas obrigações de ambas as partes, nós listamos os seguintes pontos. Começando pelo lado do empregador, este precisa:

  • investir e adquirir os equipamentos adequados a cada atividade exercida;
  • fornecer treinamento e orientações quanto ao uso;
  • monitorar a utilização diariamente;
  • substituir os equipamentos quando danificados, extraviados ou perdidos;
  • preservar, higienizar e proporcionar EPIs de qualidade e eficiência.

Por sua vez, é responsabilidade do colaborador ou do prestador do serviço em altura cumprir os seguintes cuidados e precauções:

  • conhecer e saber utilizar o EPI para trabalho em altura;
  • prezar pela conservação do equipamento;
  • garantir a segurança própria e de outras pessoas;
  • participar de treinamentos e se atentar às orientações dos técnicos de segurança;
  • comunicar e relatar qualquer necessidade de uso, substituição ou troca do equipamento de segurança pessoal;
  • cumprir normas, regras e políticas de segurança da atividade.

Em resumo, essas são algumas dicas essenciais sobre EPI para trabalho em altura. Esse tipo de equipamento é indispensável nessas atividades não apenas no intuito do cumprimento de normas e obrigações, mas principalmente como garantia da segurança pessoal e de qualquer outra pessoa no mesmo ambiente.

Curtiu as dicas? Já conhecia todos os EPIs e as informações destacadas ao longo do texto? Então, aproveite para compartilhar em suas redes sociais e ajude a disseminar essas orientações para mais profissionais e empresas que prezam pela segurança de seus colaboradores.

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