O GHG Protocol é uma metodologia internacional que foi implementada no Brasil pela FGV visando promover a geração voluntária de inventários de gases de efeito estufa.
Uma empresa responsável e com boas práticas sustentáveis sabe que todas as ações podem trazer impacto para o meio ambiente e, neste caso, aquelas que possuem um inventário estão mais atentas a incentivar a gestão de gases poluentes.
Neste artigo, vamos explicar por quais razões a iniciativa do GHG é tão importante para as empresas. Confira!
O que é e qual o objetivo do GHG Protocol?
Criado em 2008, o Programa Brasileiro GHG Protocol é uma iniciativa que tem como intuito promover a geração voluntária de inventários de GEE. Esses inventários acontecem com base nos resultados de ações voltadas para o gerenciamento de carbono emitido por empresas brasileiras.
O programa foi desenvolvido pelo FGVces (Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getúlio Vargas) e pela World Resources Institute (WRI), uma organização ambientalista e conservacionista.
A ideia é incluir todo o setor corporativo nessa missão a fim de reduzir os gases de efeito estufa da atmosfera.
Quem utiliza os indicadores do GHG Protocol?
Diversas organizações podem utilizar os indicadores do GHG Protocol, e isso inclui:
- Empresas: o programa é utilizado por empresas de diferentes setores e tamanhos para estimar suas emissões de GEE, identificar as principais fontes dessas emissões e tomar medidas para reduzi-las;
- Governo: a iniciativa é utilizada por governos para desenvolver políticas e programas de mitigação das mudanças climáticas. O governo brasileiro, por exemplo, utiliza o GHG para monitorar as emissões de GEE do país e para implementar o seu Plano Nacional de Mudanças Climáticas.
Conheça os Escopos 1, 2 e 3 do GHG Protocol
Escopo 1 – Emissões diretas de GEE: As emissões diretas estão relacionadas àquelas provenientes de fontes que pertencem ou que são controladas pela empresa. Normalmente, as atividades associadas são:
- Geração de eletricidade, calor ou vapor em fontes estacionárias como fornos, caldeiras e turbinas; em caso de venda de eletricidade própria a outra empresa, as emissões não são abatidas pela empresa geradora, mas podem ser comunicadas em informação opcional;
- Processamento ou fabricação de produtos químicos e materiais, como, por exemplo, cimento, alumínio, ácido;
- Transporte de materiais, de produtos, de colaboradores e de resíduos;
- Fuga de emissões, intencionais ou não, de fontes próprias, como descargas de GEE na ligação de equipamentos, tampas, embalagens e em tanques.
Escopo 2 – Emissões indiretas de GEE de eletricidade: O escopo 2 é responsável pela contabilização de eletricidade adquirida ou consumida pela empresa, isto é, a eletricidade comprada. São consideradas emissões indiretas justamente porque não ocorrem diretamente nas operações da organização, e sim nas operações de terceiros.
Escopo 3 – Outras emissões indiretas de GEE: Por fim, mas não menos importante, o escopo 3 é responsável por contabilizar as emissões indiretas de GEE provenientes de fontes que não pertencem nem são controladas pela empresa. Esse último escopo permite, ainda, que a organização mantenha foco em atividades que são importantes para seus negócios e objetivos.
Entre as atividades incluídas no terceiro escopo, estão:
- Extração de materiais e combustíveis comprados;
- Atividades relacionadas ao transporte de materiais em veículos que não sejam da organização;
- Atividades relacionadas ao consumo de energia elétrica que não estejam incluídas no Escopo 2;
- Bens arrendados, franquias e atividades terceirizadas;
- Tratamento de resíduos gerados em operações, pela produção de materiais e combustíveis comprados ou dos produtos vendidos no final de sua vida.
Confira: Fonte de emissão de GEE: entenda a diferença entre os escopos 1, 2 e 3
Se a sua empresa está comprometida com uma jornada de sustentabilidade, ela pode investir nessa iniciativa por diversas razões. O GHG Protocol é uma iniciativa que auxilia as empresas a estimarem, relatarem e reduzirem suas emissões de GEE.
Portanto, com uma visão clara dos pontos que precisam ser melhorados, a organização pode melhorar a gestão ambiental, reduzir o consumo de energia e de matérias-primas e acessar as melhores oportunidades de negócios, como parcerias com clientes e fornecedores que também estejam alinhados com uma agenda ESG.
A mensuração e a declaração de emissões de GEE é uma ferramenta importante para quem quer reduzir seu impacto ambiental. Na Mills, publicamos nosso inventário de GEE conforme metodologia do GHG Protocol e, em 2023, recebemos o selo ouro que corresponde a um inventário completo e verificado, contribuindo para a transparência quanto às emissões de suas operações.
Estamos buscando desenvolver ações concretas para minimizar o impacto gerado por nossas operações, com projetos para redução das emissões de GEE, além de firmar um compromisso com o SBTi (Science Based Targets initiative), uma iniciativa que mobiliza empresas a liderar ações climáticas, visando a redução de emissões de gases do efeito estufa.
Como uma referência no mercado de locação de equipamentos, queremos ser exemplo. Por isso, além de desenvolvermos uma calculadora de emissões de CO2, nossos clientes possuem acesso ao Inventário de CO2 por meio do portal do Cliente, que ajuda a quantificar as emissões geradas quando eles usam nossas máquinas em seus projetos.
Se quer colaborar com uma jornada sustentável, o mais justo é ter parceiros que estão comprometidos com a causa – parceiros como a Mills!